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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Resenha - Cláudia Silva Guimarães


A COR COMO INFORMAÇÃO 
A construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores 
LUCIANO GUIMARÃES

Capítulo Amarelo - tesouros do arco-da-velha
O significado da cor de acordo com cada cultura pode ser alterado. Este capítulo aborda o uso adequado da cor como informação, de acordo com casa sociedade, que interpreta cada cor de acordo com as influencias recebidas durante a constituição desta sociedade.
A cor e a informação cultura
Cada cor tem uma informação implícita que pode variar de sociedade para sociedade. Por exemplo, a cor amarela pode significar alerta, loucura, exclusão, inveja, traição ou até mesmo alegria, calor, ouro, fruto maduro, e em culturas árabes pode significar palidez. Este exemplo mostra como uma cor pode assumir diferentes significados em diferentes culturas e ao longo do tempo.
A cor e as estruturas dos códigos culturais
A cor pode apresentar oposições. Ela pode ser binária, polar e assimétrica. Um exemplo desta binaridade é a oposição entre a morte e a vida, simbolizada pelo preto e o branco. Dentre outros exemplos temos a oposição na união, onde antigamente, devido à conceitos antigos, o homem é o preto e a mulher o vermelho, e nos dias atuais  o homem continua sendo o preto e a mulher passa a ser branco, pela pureza.
  • Preto - Branco: Trevas - Luz
  • Preto - Vermelho/Branco: Masculino - Feminino
  • Preto - Colorido: Autoridade
  • Vermelho - Branco: Revolução
  • Vermelho - Verde: Permissão - Negação
A partir destas relações binárias, pode-se causar uma desestabilidade com a inserção de outra cor, como o exemplo de menino com azul e menina com vermelho, e ao inserir o amarelo, esta binaridade é afetada e muda de sentido.
A classificação cultural das cores
Como a cultura é dinâmica e o tempo é variável, a sociedade acaba por adquirir um repertório sobre as cores. Em uma sociedade ocidental o preto é luto. Já nas culturas orientais o branco assume o lugar do luto em função do significado da morte: elevação espiritual, e o preto o nascimento. Observamos que o preto continua com sentido negativo e o branco positivo, mas  interpretados de forma diferente.
Algumas culturas confundem as cores não por dificuldade em ver as cores, mas por deficiência histórica de significados relacionados às cores.

Capítulo Vermelho - violência e paixão
Este capítulo vem com o intuito de exemplificar a partir da cor vermelha o sentido que as cores podem assumir.
Agressividade do vermelho
O vermelho está no limite da cor visível e por isto a agressividade característica desta cor. Outro motivo para esta agressividade pode ser por ser ponto de convergência estar atrás da retina, ao passo que do azul está a frente da retina, caracterizando assim a agressividade do vermelho e a passividade do azul.
A oposição do verde
A cor verde assume uma postura mais amena por estar eqüidistante de seus extremos. O verde pode ser esperança, do jogo e da fortuna, da permissão e do equilíbrio.
Vermelho: violência e paixão
O vermelho pode assumi significados opostos relacionados ao mesmo sentido: fogo (guerra e amor) e sangue (violência e paixão). O vermelho pode ser amor divino, pecado, sensualidade, imposição, guerra e revolução.
Aplicação da simbologia do vermelho
Em capas de revista sempre vem chamar a atenção para escândalos.

domingo, 20 de novembro de 2011


Titulo:
Basílica de São Pedro – A luz como signo
Autores:
Claudia Silva Guimarães (claudia.silva.design@gmail.com)
Marcela Guimarães Prado (marcelaprado.design@gmail.com)
Nívia Paula Ferreira Oliveira (niviapaula100@gmail.com)
Resumo:
Este artigo foi escrito para analisar o significado da luz natural e seus efeitos na Basílica de São Pedro.
Palavras-chave:
Luz, Iluminação, Simbolo, Deus e Salvação.


Title:
St. Peter`s Basilica - Light as a sing.
Authors:
Claudia Silva Guimarães (claudia.silva.design@gmail.com)
Marcela Guimarães Prado (marcelaprado.design@gmail.com)
Nívia Paula Ferreira Oliveira (niviapaula100@gmail.com)
Abstract:
This article was written to analyze the meaning of natural light and its effects on St. Peter`s Basilica.

Keywords:
Light, Lighting, Symbol, God and Salvation. 

1. Introdução 
A luz tem significado divino desde o surgimento da bíblia sagrada, e dentro das igrejas exerce grande influencia sobre os fieis. Estas igrejas, projetadas em diversos períodos históricos, usam a iluminação natural para causar efeito da presença de Deus.
Neste artigo analisamos como a luz natural age dentro da Basílica de São Pedro. A luz como símbolo de Deus.

 2.Referencial teórico-conceitual 
Este referencial teórico-conceitual tem como objetivo dar embasamento ao tema-objeto da pesquisa, através da seleção e leitura de autores que abordam conceitualmente e teoricamente os assuntos relacionados ao tema. Sua importância está relacionada ao fornecimento de elementos que fundamentam os aspectos conceituais e teóricos do estudo e da área em questão, contribuindo para a eficiência das análises a serem efetuadas, a fim de se obter os melhores resultados dentro da construção do conhecimento científico.  Neste referencial o conceito de luz como símbolo foi estudado do artigo "As dez classes principais de signos segundo Charles Sanders Pierce".

3.Materiais e métodos 
Com base nos sentidos que a luz pode ter, analisaremos Basílica de São Pedro do ponto de vista da iluminação natural.

4. Discussão e análise dos resultados









Fachos direcionados de luz adentram a cúpula principal e simbolicamente revelam a Deus e à sua grandiosidade, dando a impressão de que o próprio Deus está presente iluminando a todos. A luz é a  personificação de Deus, representando a perfeição, a beleza e a pureza.
Símbolos cristãos ficam em locais de destaque, alguns em pinturas e esculturas em toda a igreja, onde a luz incide estrategicamente sobre estas, causando o efeito de imponência e santidade, outras estão em alguns em vitrais, onde a luz atravessa e ressalta a imagem.
As pessoas ficam mínimas diante da enorme escala do edifício. Esta escala e o efeito da luz, foram propositalmente pensados para dar a sensação de acolhimento, dramaticidade e para simbolizar a grandiosidade da casa de Deus.
A iluminação entra também por outras cúpulas menores, mas com o mesmo significado: de santidade, da presença de Deus, de Jesus e do Espírito Santo.
Sitações bíblicas expõem este simbolismo da luz, como podemos ver em: Jo 8: 12  "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas; pelo contrario, terá a luz da vida." e em Mt 4:16 "O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz".

5. Considerações finais

A partir da análise feita concluímos que a luz tem papel fundamental nos interior de igrejas, com o intuito de simbolizar a presença de Deus e causar impacto emocional sobre as pessoas. 

6. Referencias


Artigo "As dez classes principais de signos segundo Charles Sanders Pierce".




Análise Iluminação - Basílica de São Pedro


















Artigo - Lojas de Shopping – Linhas, Planos e Cores


Titulo:
Lojas de Shopping – Linhas, Planos e Cores
Autores:
Claudia Silva Guimarães (claudia.silva.design@gmail.com)
Marcela Guimarães Prado (marcelaprado.design@gmail.com)
Nívia Paula Ferreira Oliveira (niviapaula100@gmail.com)
Resumo:
Esse artigo foi escrito para debater as características formais de duas lojas de shopping.
Palavras-chave:
Linhas; Eixos; Simetria; Cores; Planos; Espaços; Unidade, Conceito; Relação Interior-Exterior e Harmonia.
Title:
Shopping Stores – Lines, Planes and Colors.
Authors:
Claudia Silva Guimarães (claudia.silva.design@gmail.com)
Marcela Guimarães Prado (marcelaprado.design@gmail.com)
Nívia Paula Ferreira Oliveira (niviapaula100@gmail.com)
Abstract:
This article was written to discourse the formal characteristics mass stores.
Keywords: disconforme Lines; Axis; Symmetry; Colors, Plans; Areas; Unit; Concept; Relationship Interior – Exterior and Harmony.

1. Introdução 
A importância da programação visual de uma loja deve levar em consideração a relação do cliente com seus produtos, e sempre visando promover a venda.
Pela fachada o consumidor forma sua opinião sobre o estabelecimento e nela onde estão as informações básicas como marca e propostas de vendas.
O layout da loja geralmente é percebido pelo cliente do lado de fora e influencia na fachada, por isso, é importante que o interior da loja esteja de acordo com a fachada.
Por tanto, este artigo vem com o intuito de analisar duas lojas com relação aos pontos citados acima, no ponto de vista de linhas, eixos, simetria, cores, planos, espaços, unidade, conceito, relação interior-exterior e harmonia.

 2.Referencial teórico-conceitual 
O presente referencial teórico e conceitual tem por objetivo elucidar e dar embasamento ao tema-objeto da pesquisa, através da seleção e leitura de autores que abordam conceitualmente e teoricamente os assuntos relacionados à temática proposta. E sua importância está relacionada ao fornecimento de elementos que fundamentam os aspectos conceituais e teóricos do estudo e da área em questão, contribuindo para a eficiência das análises a serem efetuadas, a fim de se obter os melhores resultados dentro da construção do conhecimento científico. São abordados neste referencial os conceitos de linhas, eixo, simetria, cores, planos, espaços, unidade, conceito, relação interior-exterior e harmonia relacionados a ambientes comerciais.
Portanto, nos pautamos nos capítulos 2 e 3 do livro Sintaxe da Linguagem Visual, de Donis A.Dondis, Editora Martins, no capitulo Equilíbrio, do livro Arte e Percepção Visual , de Rudolf Arnheim e no artigo A cor da percepção visual de Rosa Castela.

3.Materiais e métodos 
A partir da análise de linhas, eixos, simetria, cores, planos, espaços, unidade, conceito, relação interior-exterior e harmonia, estudaremos a fachada de duas lojas.

4. Discussão e análise dos resultados

4.1 Loja 1:





Observando a fachada da Loja 1, percebemos a presença de eixos verticais e horizontais, caracterizando planos de forma não simétrica.  Os planos, por sua vez, têm como destaque, o superior horizontal, na cor laranja (cor que simboliza tentação, prazer, alegria, energia e senso de humor – na loja, faz menção ao público jovem), que marca a fachada e dá destaque à marca. No interior da loja, percebemos planos mais afastados e outros mais próximos do consumidos, que chama a atenção para o interior da loja, daí a importância de uma comunicação intensa entre o interior e o exterior do estabelecimento.
A vitrine principal, localizada a direita, conta com planos verticais iluminados, que dão destaque aos produtos. Neste lado, a vitrine tem comunicação com o restante da loja, ao passo que a vitrine secundária, da esquerda, conta com um pequeno painel  de informações com uma linguagem deturpada, que não condiz com o todo.
4.2 Loja 2:





A loja 2 tem três planos frontais importantes: um superior e dois laterais, que compõem o todo da fachada. As cores utilizadas são o verde (que simboliza bem-estar, saúde, paz, juventude, crença, firmeza, serenidade, natureza e coragem – que remete ao aspecto natural do produto) e o laranja ( já falado acima – está presente para mostrar energia e saúde ), que se complementam em um sentido único.
A parede do fundo da loja compõe um plano secundário que dá uniformidade ao todo. No interior da loja, os expositores são neutros e dão destaque aos produtos, que são organizados de forma harmônica.

5. Considerações finais

Concluímos que ambas as lojas brincam com o cruzamento de linhas, formando planos, e utilizando o valor simbólico das cores como partido de informação da marca.

6. Referencias

6.1 Capítulos 2 e 3 do livro Sintaxe da Linguagem Visual de Donis A.Dondis da Editora Martins;
6.2 Capitulo Equilíbrio do livro Arte e Percepção Visual de Rudolf Arnheim e
6.3 Artigo A cor da percepção visual de Rosa Castela.

Análise das Lojas
















sábado, 7 de maio de 2011

Artigo: Fotografia brasileira - A beleza escondida na natureza

Titulo:
Fotografia brasileira - A beleza escondida na natureza
Autores:
Claudia Silva Guimaraes (claudia.silva.design@gmail.com)
Marcela Guimaraes Prado (marcelaprado.design@gmail.com)
Nívia Paula Ferreira Oliveira (niviapaula100@gmail.com)
Resumo:
Esse artigo foi escrito para mostra a essência das fotos do fotografo Araquem Alcântara.
Palavra-chave:
Fototragafia; foto; imagem; fotografia-expressão; paisagem submersa; fotografia; documental; arte brasileira e e natureza.

Title:
Photo-A Brazilian beauty hidden in nature.
Authors:
Claudia Silva Guimaraes (claudia.silva.design@gmail.com)
Marcela Guimaraes Prado (marcelaprado.design@gmail.com)
Nívia Paula Ferreira Oliveira (niviapaula100@gmail.com)
Abstract:
This article was written to show the essence of the pictures the photographer AraquémAlcantara
Keywords:
Photograph; picture; image; photo-expression; submerged landscape; photography documentary; Brazilian art and nature.

1. 
Introdução 
Um trabalho fotográfico possui vida própria ou deve ser justificado por si mesmo. Cada fotógrafo deve estar consciente da ação de fotografar que, além de "captar imagens", é um registro da sua opinião sobre as coisas e sobre o mundo. A sua abordagem sobre qualquer tema o define e o expressa. Há aqueles que só aplicam a técnica fotográfica e outros que a utilizam como meio, extrapolando o bidimensional, expandindo-se no tridimensional de informação e da expressão. Cabe a nós adequarmos a fotografia ao nosso sentimento, sensibilidade e criatividade. A fotografia tem linguagem própria e seus elementos podem ser manipulados pelo estudo e a pesquisa ou pela própria intuição do fotógrafo.Temos que saber que o equipamento nos permite que a fotografia aconteça com certa precisão, mas estes aparatos somente são instrumentos que o fotógrafo utiliza dependendo do seu posicionamento, conhecimento e vivência da realidade que pretende retratar.O fotógrafo deve utilizar o plano visual com elementos precisos, como se fosse uma "mala de viagem", cuja ocupação requer racionalidade e utilidade dos componentes. É a elaboração criativa destes elementos dentro do quadro visual, que permite a sintetização da idéia na retratação da realidade.

2.Referencial teórico-conceitual 
O presente referencial teórico e conceitual tem por objetivo elucidar e dar embasamento ao tema-objeto da pesquisa, através da seleção e leitura de autores que abordam conceitualmente e teoricamente os assuntos relacionados à temática proposta.
A importância deste referencial está relacionada ao fornecimento de elementos que fundamentam os aspectos conceituais e teóricos do estudo e da área em questão, contribuindo para a eficiência das análises a serem efetuadas, a fim de se obter os melhores resultados dentro da construção do conhecimento científico. São abordados neste referencial os conceitos de Fotografia Brasileira, que representa a beleza escondida na natureza: na fauna e na flora.

3.Materiais e métodos 

Para análise das fotografias usaremos os seguintes elementos da linguagem da fotografia:

Planos - corte, enquadramento/ Foco - foco diferencial, desfoque, profundidade de campo/ Movimento - em maior e em menor grau, estaticidade/ Forma - espaço/ Ângulo - posição da máquina/ Cor - gradação de cinzas, as cores/ Textura - impressão visual/ iluminação - sombras, luzes/ Aberrações - óticas, químicas/ Perspectiva – linhas/ Equilíbrio/ Composição - balanço, arranjo visual dos elementos planos. Para melhor entendimento da análise das fotografias, um breve resumo teórico dos critérios adotados:
Planos
Quanto ao distanciamento da câmera em relação ao objeto fotografado, levando-se em conta a organização dos elementos internos do enquadramento, verifica-se que a distinção entre os planos não é somente uma diferença formal, cada um possui uma capacidade narrativa, um conteúdo dramático próprio.
É justamente isso que permite que eles formem uma unidade de linguagem, a significação decorre do uso adequado dos elementos descritivos e/ou dramáticos contidos como possibilidades em cada plano.
Veremos cada plano, usando a nomenclatura cinematográfica para, didaticamente, facilitar as definições dos enquadramentos ajudando seu estudo. Os planos se dividem em cinco grupos: - o grande plano geral; - o plano geral; - o plano médio; - o primeiro plano e - o plano de detalhe:
1 ) Grande Plano Geral (GPG)
O ambiente é o elemento primordial. O sujeito é um elemento dominado pela situação geográfica. Objetivamente a área do quadro é preenchida pelo ambiente deixando uma pequena parcela deste espaço para o sujeito que também o dimensiona. Seu valor descritivo está na importância da localização geográfica do sujeito e o seu valor dramático está no envolvimento, ou esmagamento, do sujeito pelo ambiente. Pode enfatizar a dominação do ambiente sobre o homem ou, simbolicamente, a solidão.
Ângulo
2 ) Plano Geral (PG)
Neste enquadramento, o ambiente ocupa uma menor parte do quadro: divide, assim, o espaço com o sujeito. Existe aqui uma integração entre eles. Tem grande valor descritivo, situa a ação e situa o homem no ambiente em que ocorre a ação. O dramático advém do tipo de relação existente entre o sujeito e o ambiente. O PG é necessário para localizar o espaço da ação
3) Plano Médio (PM)
É o enquadramento em que o sujeito preenche o quadro - os pés sobre a linha inferior, a cabeça encostando na superior do quadro, até o enquadramento cuja linha inferior corte o sujeito na cintura. Como se vê, os planos não são rigorosamente fixados por enquadres exatos. Eles permitem variações, sendo definidos muito mais pelo equilíbrio entre os elementos do quadro, do que por medidas formais exatas.
Os PM são bastante descritivos, diferem dos PG que narram a situação geográfica, porque descrevem a ação e o sujeito.
4 ) Primeiro Plano (PP)
Enquadra o sujeito dando destaque ao seu semblante. Sua função principal é registrar a emoção da fisionomia. O PP isola o sujeito do ambiente, portanto, "dirige" a atenção do espectador.
5 ) Plano de Detalhe (PD)
O PD isola uma parte do rosto do sujeito. Evidentemente, é um plano de grande impacto pela ampliação que dá a um pormenor que, geralmente, não percebemos com minúcia. Pode chegar a criar formas quase abstratas.
Foco:
Dentro dos limites técnicos, temos possibilidades de controlar não só a localização do foco, como também a quantidade de elementos que ficarão nítidos.
Além disso, podemos também trabalhar com a falta de foco, ou seja, o desfoque.
Podemos enfatizar melhor um elemento da fotografia sobre os demais, selecionando-o como ponto de maior nitidez dentro do quadro. A escolha depende do autor mas a força da mensagem deve muito ao foco. É ele que vai ressaltar um certo objeto em detrimento dos outros constantes no enquadramento. A pequena falta de foco de todos os elementos que compõem a imagem pode servir para a suavização dos traços, o contrário acontece quando há total nitidez, que demonstra a rudeza ou brutalidade da realidade.
Movimento:
O captar ou não o movimento do sujeito é também uma escolha do fotógrafo. Às vezes, um objeto é realçado quando a sua ação é registrada em movimento, ou o movimento é o principal elemento, portanto deve-se captá-lo. Outras vezes, a força maior da ação reside na sua estagnação, na visão estática obtida pelo controle na máquina.
Forma:
Forma não é só o contorno; é o modo do objeto ocupar espaço. As possibilidades normais da fotografia, fornecem aspectos bidimensionais da imagem; a forma, enquanto aspecto isolado, pode fornecer a sensação tridimensional. A maneira pela qual a câmera pode fornecer a sensação tridimensional, depende de alguns truques visuais, tais como: a maneira pela qual as imagens são compostas; os efeitos da perspectiva; a relação entre os objetos longe e objetos próximos.
A câmera pode ser situada tanto na mesma altura do sujeito, , como também abaixo ou acima dele. Ao fotografarmos com a máquina de "cima para baixo" (mergulho), ou de "baixo para cima" (contra-mergulho) temos que nos preocupar com a impressão subjetiva causada por esta visão.
A máquina na posição de mergulho, tende a diminuir o sujeito em relação ao espectador e pode significar derrota, opressão, submissão, fraqueza do sujeito; enquanto que o contra-mergulho pode ressaltar sua grandeza, sua força, seu domínio. Evidentemente estas colocações vão depender do contexto em que forem usadas.
Cor:
É a mais imediata evidência da visão. Ela pode propiciar uma maior proximidade da realidade, limitando a imaginação do espectador, o que já não acontece nas fotos B&P que nos fornece, nos meios tons, a sensação de diferença das cores. A escolha de B&P ou colorido, vai determinar diferentes respostas do espectador, já que as cores também são uma forma de sugerir uma realidade enganosa. A cor pode e deve ser usada desde que sob um cuidadoso controle estético.
Textura:
A textura fornece a idéia de substância, densidade e tato. A textura pode ser vista isoladamente. A superfície de um objeto pode apresentar textura lisa, porosa ou grossa, dependendo do ângulo, dos cortes, da luz...
A eliminação da textura na fotografia pode causar impacto, uma vez que é a forma de eliminar aspectos da realidade, distorcendo-a. A textura é elemento muito importante para a criação do real dentro da fotografia, embora possa, também, desvirtuá-lo.
Iluminação:
A iluminação fornece inúmeras possibilidades ao fotógrafo. Ela está interligada aos outros elementos da linguagem, funcionando de forma decisiva na obtenção do clima desejado, seja de sonho, devaneio, ou de impacto, surpresa e suspense. A iluminação pode enfatizar um elemento, destacando-o dos demais como também pode alterar sua conotação.
Aberrações:
As aberrações podem ser causadas quimicamente ou oticamente.
Todas as deformações da imagem, que a técnica fotográfica nos permite usar, têm conotações bastante marcantes. As deformações, causadas nas proporções das formas dos elementos da foto, fogem á realidade causando um forte impacto. Outras aberrações, como a mudança dos tons, das cores, pode criar um clima de sonho, de "fora do tempo", de irreal. Todas estas mudanças da realidade provocadas intencionalmente pelo fotógrafo, têm como objetivo primordial a alteração do clima de realidade e, portanto, devem ser muito bem elaboradas.
Perspectiva:
A perspectiva auxilia a indicação da profundidade e da forma, uma vez que cria a ilusão de espaço tridimensional. Ela se determina a partir de um ponto de convergência que centraliza a linha, ou as linhas principais da fotografia.
Composição e Equilíbrio:
Composição é o arranjo visual dos elementos, e o equilíbrio é produzido pela interação destes componentes visuais.
O equilíbrio independe dos elementos individuais, mas sim do relativo peso que o fotógrafo dá a cada elemento. Desta maneira, considera-se que o mais importante para o equilíbrio é o interesse que determinará a composição dos outros elementos, tais como: volume, localização, cor, conceituação. Como todos os outros elementos, o equilíbrio será conseguido de acordo com os propósitos do fotógrafo, de evocar ou não estabilidade, conforto, harmonia, etc....


4. Discussão e análise dos resultados


Esta fotografia foi tirada para a primeira exposição do fotógrafo chamada "Os urubus da sociedade". Ela retrata o descaso da alta sociedade que não se importa com a situação dos menos privilegiados economicamente que viviam em meio aos urubus. As cores, o preto, branco e escalas de cinza acentuam esta diferença, até mesmo pelo branco excessivo da blusa da criança e o preto do urubu. O plano geral utilizado mostra os dois personagens que contam toda uma história de diferença social através de uma situação inusitada.

Esta fotografia foi tirada para o livro intitulado "Retratos de um sertão sem fim" que mostra peregrinações em estradas de terra em lugares do Brasil pouco conhecidos. Nesta fotografia foi utilizado um grande plano geral mostrando a paisagem, que é muito marcante pela presença de sombras causadas pelo sol que realçam as diferenças topográficas do local. Além da paisagem a fotografia conta a história de um destes peregrinos e seus companheiros: o burro e o cachorro. Como o principal elemento da foto é a sombra, que fica mais explicita pelas cores ( preto, banco e escalas de cinza) os personagens parecem ser figuras obrigatórias na paisagem por também terem suas sombras projetadas neste fundo.

Esta foto faz parte do projeto "Mata Atlântica"que tem como objetivo mostrar o que restou desta mata brasileira que está ameaçada de extinção. Este projeto quer conscientizar sobre a necessidade de se tomar uma atitude para a preservação deste lugar que tem tantas belezas ao dispor de todos. A fotografia mostra de forma singular a beleza de um riacho, onde o principal elemento é o reflexo causado pelo sol e pela copa das árvores, em um plano geral. As cores são o verde da copa das árvores e o marrom-alaranjado do fundo do riacho, deixando transparecer o ambiente úmido e intimista do local.

5.Considerações finais
A partir da análise das fotografias em questão concluímos que as fotografias de Araquém Alcântara sempre têm um cunho de 
represália e crítica social, engajadas com alguma causa importante para a sociedade brasileira. Usando as cores, o foco, a perspectiva e outros recursos fotográficos a favor da sua intensão em cada fotografia. 

6.Referências
- Fotografias disponíveis em <http://www.araquem.com.br/>. Acesso em 18 de março de 2011. 
- Machado, Arlindo – Recolocações (À Guisa de Introdução) e  Fissuras na Profundidade de Campo. In: A Ilusão Especular. São Paulo: Editora Brasiliense. 1984.
- Costa, Helouise e SIlva, Renato Rodrigues da – A Fotografia Moderna no Brasil. Editora Cosac Naify. 2004.